Em tantos séculos de guerra com Roma, não tiveram nenhum outro capitão a não ser Viriato, um homem de tal virtude e continência que, depois de vencer os exércitos consulares durante 10 anos, nunca quis distinguir-se no seu modo de vida de qualquer soldade raso.

Gnaeus Pompeius Trogus

sábado, 3 de setembro de 2011

Carta para melhor central do mundo descoberto pelo melhor presidente do mundo Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa





Meu caro Ricardo Carvalho, antes de mais, quero agradecer todos estes anos que andaste a perder prestigio, com o teu magnifico futebol ao serviço da Selecção do Polvo Português.

Sem vaidades, sem amuos, sem arrogâncias mas com a humildade e qualidade, herdadas da tua família de sangue e da tua família desportiva.


Sei, que no teu país, nunca mereceste a honra de ser capa de nenhum pasquim ou alvo de qualquer reportagem televisiva que enaltecesse as tuas vitórias e que nunca deste a cara por qualquer campanha publicitaria do BPN. Outros, que nada venceram, têm os seus penteados nas primeiras paginas e são seguidos por varas de enviados especiais das televisões em qualquer país ou clubezito por onde se arrastam, e estão sempre prontos a indicar-nos o que fazer ás nossas poupanças, em que políticos confiar, que champô e detergente devemos comprar.

Mas tudo isto, não justifica a tua despedida. Poderias, de uma forma mais corajosa, durante o jogo, espetar um muro num cipriota, ou, de uma forma mais honrosa, comunicar a tua indisponibilidade para jogos de qualificação ou até, num arrojo de verdadeiro patriotismo distribuir meia dúzia de estalos e pontapés no riscómeio, de preferência no Estádio Nacional (sempre serviria para alguma coisa).

As poucas possibilidades que tinhas de fazer alguns anúncios da MEO, visto que o LINIC no teu caso é impensável, ou até sacar alguns euros em campanhas de apoio a políticos da nossa praça, tudo isto deitas-te por agua abaixo com esse teu comportamento.

Quero no entanto, que saibas, que te dou toda a razão, mesmo antes de conhecer as tuas, as minhas são suficientes.




Sem mais, um grande abraço.